Morte de Fernanda Young reforça a importância dos cuidados com asma
A morte inesperada de Fernanda Young , aos 49 anos, acendeu um alerta entre os pacientes que tenham doenças respiratórias crônicas. A escritora, atriz, roteirista, apresentadora de TV e colunista de O GLOBO foi vitimada por uma crise de asma seguida de parada cardíaca, na madrugada deste domingo.
Segundo o médico pós-graduado em alergia e imunopatologia Cláudio Ambrósio, esse tipo de ocorrência é mais comum entre recém-nascidos e idosos.
– Isso não é muito comum na faixa etária de Fernanda porque a asma pode ser muito bem controlada com medicamentos eficientes, mesmo que seja uma doença incurável – diz ele. – As pessoas mais afetadas por essas complicações são aquelas que fazem um mau controle da doença ou que sofram um fator complicador, como um paciente asmático que pega uma gripe muito forte ou uma infecção respiratória, uma pneumonia, que possa associar uma doença à outra.
Ambrósio explica que o asmático tem uma dificuldade maior na expiração do que na inspiração, o que sobrecarrega o pulmão e o coração, que precisa compensar essa falta de ar.
– Para isso, o coração tem que aumentar a frequência cardíaca. Mas o órgão também precisa de oxigênio para trabalhar. Então, nesses casos, pode ter o seu funcionamento interrompido.