Muito se fala de anorexia e da ditadura da magreza, mas poucos conhecem uma doença que atormenta a vida de muitos jovens por aí: a vigorexia. Ela também é um transtorno dismórfico corporal, em que a pessoa sente que não está forte o bastante. Esse transtorno costuma ser identificado em atletas, principalmente homens.
A sociedade em que vivemos dá ênfase ao corpo perfeito e exibe modelos a serem seguidos. E a saúde em alguns casos, passa a ser o segundo plano. Com isso, algumas pessoas passam a adotar dietas extremamente rigorosas e, às vezes, usar anabolizantes de forma indevida.
Estudos mostram que em torno de 56% das pessoas que fazem uso dessas substâncias não informam ao médico. O uso inadequado vicia através da imagem, da variação de hormônios quando não se está fazendo uso dela, e também da liberação de dopamina, fortalecendo o vício.
O primeiro passo para identificar um vigoréxico é perceber que sua busca pelo corpo perfeito está longe de acabar, mesmo que ele esteja em ótima forma física.
Esses são alguns dos sintomas que um vigoréxico pode apresentar: dor muscular persistente por todo o corpo; cansaço ao extremo; irritabilidade; depressão; dieta muito restritiva; insônia; aumento da frequência cardíaca no repouso; menor desempenho durante o contato íntimo; sentimento de inferioridade.
A vigorexia também é considerada um tipo de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e precisa de tratamento. Essa busca pelo corpo mais forte pode causar problemas sérios como os já citados.
Por ser uma doença de imagem, o tratamento precisa ser feito por equipe multidisciplinar, como psicólogo/psiquiatra, endocrinologista e outros de acordo com cada caso.